R$ 76 bi
foi a receita líquida, 12% maior do que em 2014
R$ 4 bi
de EBITDA, crescimento de 25% no ano. O lucro líquido foi de R$ 1,5 bilhão (+21%)
O ambiente de negócios seguiu desafiador em 2015, com a combinação de desaceleração econômica, redução dos níveis de emprego, inflação acima da meta, juros ascendentes e desvalorização do Real.
A instabilidade política criou obstáculos na aprovação dos ajustes fiscais necessários para o país, resultando no rebaixamento de notas do Brasil por agências de rating. Com o intuito de conter os crescentes índices de inflação verificados ao longo do ano, o Banco Central elevou a taxa de juros básica da economia, de 11,75% ao final de 2014 para 14,25% ao final de 2015.
A projeção para o crescimento do PIB em 2015, divulgado pelo Boletim Focus do Banco Central, começou o ano com perspectiva de crescimento de 0,5% e encerrou apontando para uma retração de quase 4%.
A cotação média do dólar frente ao Real em 2015 foi de R$ 3,33/US$ em comparação a R$ 2,35/US$ em 2014, um aumento de 42%.
O número de veículos leves licenciados totalizou 2,5 milhões, permitindo um crescimento estimado em 3% na frota em 2015.
A desaceleração na economia global e as decisões de produção dos países membros da Opep tiveram influência sobre o preço internacional do petróleo, que iniciou o ano cotado a US$ 56/barril (Brent), permanecendo estável no primeiro semestre e encerrando 2015 a US$ 36/barril. A queda no preço do petróleo e os aumentos de preço de derivados nas refinarias brasileiras mantiveram os preços médios internos acima dos preços internacionais. No mercado petroquímico, dados da Abiquim mostraram queda de 7% em 2015 no Consumo Aparente Nacional.
No varejo farmacêutico, segundo dados das associadas da Abrafarma, as vendas foram 12% maiores em 2015, seguindo em crescimento nominal, porém inferior ao apresentado nos últimos anos.
Balanço de vendas
Na Ipiranga, o volume vendido em 2015 apresentou um leve crescimento de 0,4% sobre 2014, totalizando 25.725 mil metros cúbicos. O volume vendido de gasolina, etanol e gás natural veicular (ciclo Otto) em 2015 cresceu 2% em relação a 2014, em função do crescimento estimado de 3% da frota de veículos leves e dos investimentos realizados em novos postos e embandeiramentos, parcialmente compensado pelos efeitos do crescimento do desemprego ao longo do ano, e consequente impacto no consumo das famílias. O volume total de diesel caiu 2%, fruto do fraco desempenho da economia.
Na Oxiteno, o volume vendido de especialidades apresentou queda de 8% em relação ao ano anterior, principalmente em função do efeito da retração da economia brasileira, levando a uma queda de 7% no volume total em relação a 2014.
O volume vendido pela Ultragaz apresentou queda de 1% sobre 2014, principalmente em função da retração da economia sobre o segmento granel, parcialmente compensada por captura de clientes nos segmentos de pequenas e médias empresas e condomínios e pelo crescimento de 1% no segmento envasado.
A armazenagem média da Ultracargo caiu 8% em relação a 2014, em decorrência, sobretudo, da indisponibilidade parcial do terminal de Santos por conta do incêndio ocorrido no início de abril, parcialmente compensado por maior demanda de combustíveis em Suape e Aratu.
A Extrafarma encerrou o ano com crescimento de 14% sobre 2014 no número médio de lojas, em comparação a um crescimento de 8% da Abrafarma, ganhando duas posições em relação a dezembro de 2014 no ranking da Abrafarma, finalizando o ano na 6ª posição.
EBITDA R$ milhões
* Referente aos meses de fevereiro a dezembro de 2014
25%
de crescimento do EBITDA em relação a 2014.
2014: 3.158
2015: 3.953
Desempenho comparativo
2015-2014
R$ milhões | 2015 | 2014 | (%) 2015 |
Receita líquida de vendas e serviços | 75.655 | 67.736 | 12% |
Custos dos produtos vendidos e serviços prestados | (68.934) | (62.305) | 11% |
Lucro bruto | 6.722 | 5.432 | 24% |
Despesas gerais, adm., com vendas e comerciais | (3.838) | (3.289) | 17% |
Outros resultados operacionais, líquidos | 51 | 107 | |
Resultado na vendas de bens | 27 | 37 | -26% |
Lucro operacional | 2.962 | 2.287 | 30% |
Resultado financeiro | (703) | (445) | |
Equivalência patrimonial | (11) | (16) | |
Impostos de renda e contribuição social | (734) | (573) | |
Lucro líquido | 1.513 | 1.251 | 21% |
| |||
EBITDA | 3.953 | 3.158 | 25% |
Depreciações e amortizações | (1.003) | (888) | 13% |
Endividamento
A Ultrapar encerrou o exercício de 2015 com uma dívida bruta de R$ 8.902 milhões e caixa bruto de R$ 3.973 milhões, perfazendo uma posição de endividamento líquido de R$ 4.928 milhões, aumento de R$ 953 milhões em relação a 2014, em linha com o crescimento da companhia. O endividamento líquido ao final de 2015 corresponde a 1,2x EBITDA dos últimos 12 meses, estável comparado ao índice do final de 2014.
Endividamento líquido em milhões de R$
Desempenho financeiro consolidado
Receita líquida
A Ultrapar apresentou em 2015 uma receita líquida de vendas e serviços de R$ 75.655 milhões, crescimento de 12% em relação a 2014.
Custos
O custo dos produtos vendidos e serviços prestados foi de R$ 68.934 milhões em 2015, aumento de 11% em relação a 2014.
Lucro bruto
Já o lucro bruto foi de R$ 6.722 milhões, aumento de 24% em relação a 2014, em função do crescimento do lucro bruto em todas as unidades de negócio, exceto a Ultracargo, que observou queda em função do incêndio ocorrido em Santos.
Despesas
As despesas gerais, administrativas, com vendas e comerciais da Ultrapar totalizaram R$ 3.838 milhões em 2015, 17% acima de 2014, em função dos efeitos da inflação sobre as despesas e de efeitos específicos em cada negócio.
EBITDA
O EBITDA consolidado atingiu R $ 3.953 milhões em 2015, crescimento de 25% em relação a 2014.
Lucro operacional
A Ultrapar apresentou lucro operacional de R$ 2.962 milhões, 30% acima de 2014, em função do maior lucro operacional obtido na Ipiranga, Oxiteno e Ultragaz.
Depreciações e amortizações
O total de custos e despesas com depreciação e amortização foi de R$ 1.003 milhões em 2015, R$ 115 milhões ou 13% acima de 2014, em função dos investimentos realizados ao longo do período.
Resultado financeiro
O resultado financeiro da Ultrapar apresentou uma despesa líquida de R$ 703 milhões, R$ 258 milhões acima de 2014, principalmente em função do maior CDI no período, do maior endividamento líquido, em linha com o crescimento da companhia, de efeitos cambiais no período e da incidência do PIS/COFINS sobre a receita financeira a partir de julho.
Lucro líquido do exercício
O lucro líquido consolidado da Ultrapar atingiu R$ 1.513 milhões, 21% acima do lucro líquido apresentado em 2014, principalmente em função do crescimento do EBITDA entre os períodos, parcialmente compensado pela maior despesa financeira e por maiores despesas e custos com amortização e depreciação, em função dos investimentos realizados ao longo do período.
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