ULTRAPAR RELATÓRIO ANUAL 2015

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Fundamentos da gestão

Gestão de riscos

A sólida estrutura de governança do Ultra tem permitido à companhia manter uma gestão de riscos eficaz, com o uso de ferramentas e sistemas de controle em contínuo processo de evolução Essa cultura, aliada a aspectos operacionais, como a decisão estratégica de centralizar a maior parte das atividades financeiras e de tecnologia da informação em um único centro corporativo, facilita a tomada de decisão pelos gestores e executivos.

Na gestão de riscos, que tem como principal objetivo assegurar a perenidade do Ultra na condução dos negócios, os sistemas de controle também garantem autonomia operacional adequada aos gestores, responsáveis por avaliar riscos e benefícios no dia a dia das operações.

A gestão de riscos do Ultra é centralizada para os temas comuns a todos os negócios, como Política de Riscos Financeiros, Código de Ética, Política Anticorrupção, Política de Divulgação de Fatos Relevantes e de Negociação de Valores Mobiliários, controles sobre a elaboração das demonstrações financeiras, certificações referentes à Lei Sarbanes-Oxley (SOX), Política de Informática, entre outros.

A Lei Sarbanes-Oxley (SOX), instituída em 2002, nos EUA, prevê mecanismos internos para assegurar transparência e responsabilidade na gestão.

Os riscos operacionais e estratégicos são monitorados pelos negócios e acompanhados pela estrutura de controles internos e auditoria da companhia, com reporte aos órgãos de fiscalização, como, por exemplo, o Conselho Fiscal.

Buscando evoluir este modelo descentralizado de gestão de riscos, o Ultra está implantando uma matriz consolidada de seus riscos para estabelecer uma discussão integrada. Neste processo, a companhia formalizará uma política de gestão integrada de riscos buscando registrar as suas práticas já adotadas e a organização de sua governança para o tema.

Integra o trabalho da gestão dos riscos o Comitê de Riscos e Aplicações Financeiras, fundamental para assegurar a solidez financeira de longo prazo, e o Comitê de Investimentos, que desempenha papel relevante ao alinhar as decisões de investimentos às estratégias de crescimento e geração de valor, antes da avaliação pelos membros da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração.

Base de engarrafamento da Ultragaz

Riscos operacionais e segurança

O Ultra mantém programas e iniciativas de controle que têm contribuído para melhorar a qualidade da gestão de riscos operacionais. O desafio de evitar acidentes nas instalações das unidades do Ultra não se restringe à companhia. Além do quadro de funcionários, as medidas preventivas são compartilhadas com outros públicos de relacionamento, como terceiros e fornecedores.

81%

dos escritórios operacionais da Ipiranga contam com o SIGA+

A Ipiranga prosseguiu na ampliação do programa SIGA+ (Sistema Ipiranga de Gestão Aplicado à Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Qualidade e Responsabilidade Social), em suas bases próprias, escritórios operacionais e em pools que administra. O SIGA+ promove o alinhamento das unidades operacionais aos padrões e às normas nacionais e internacionais.

O SIGA+ reúne um conjunto de ferramentas para a gestão operacional de programas que permitem a melhoria contínua da dependência nos temas preconizados pelo programa, por meio da adoção de procedimentos, registros e controles, acompanhados da definição de metas de desempenho. O percentual de dependências operacionais que passaram a contar com o sistema em funcionamento foi ampliado de 70%, em 2014, para 81%, em 2015. Além disso, cerca de 70% das bases e escritórios certificados, em 2015, obtiveram uma pontuação que as classificaram entre as faixas mais altas do programa.

A Oxiteno adota o Modelo de Gerenciamento de Segurança de Processo Baseada em Risco (SPBR), com o objetivo de incorporar diretrizes, programas, auditorias e avaliações nos processos industriais das unidades operacionais. O sistema identifica os riscos associados aos processos, estabelece mecanismos que impedem ou reduzem a possibilidade desses riscos se materializarem e cria condições para o controle dos seus impactos.

A empresa também revisou o Procedimento de Gerenciamento de Mudança, com o propósito de aprimorar a qualidade das operações e reduzir os riscos e impactos acarretados por mudanças realizadas nas instalações industriais.

Principais riscos

Os principais riscos aos quais o Ultra está exposto refletem aspectos tanto de cunho estratégico-operacional quanto econômico-financeiro. A descrição detalhada dos diferentes tipos de risco inerentes ao Ultra é apresentada no Item 4 do Formulário de Referência, disponível aqui.

Com a meta de reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho, a Ultragaz instituiu em 2007 o Programa Escalada de Segurança. A iniciativa contempla 17 bases de produção, envolvendo em torno de 3 mil colaboradores.

Em 2015, o monitoramento registrou queda de 17% no número de ocorrências de acidentes com afastamento, impulsionada pela campanha de conscientização Atitude Nota 10. Atualmente, as localidades têm autonomia para desenvolver e aperfeiçoar os programas dentro do conceito de segurança proposto na Escalada de Segurança, com objetivo de não ter qualquer ocorrência ao longo do ano. As ações preventivas são intensificadas por intermédio de investigação, de incidentes e acidentes.

A Ultragaz também implantou o Programa de Conservação Auditiva para melhorar as instalações ou prevenir a evolução das perdas auditivas entre os colaboradores da área produtiva.

O desafio de evitar acidentes nas instalações da Ultrapar não se restringe à companhia. As medidas preventivas são compartilhadas com terceiros e fornecedores.

A Ultracargo iniciou em julho o Programa Atitude Segura, com o objetivo de aprimorar os processos operacionais e de segurança. A iniciativa surgiu como aprendizado e reflexão após o incêndio que atingiu o terminal de Santos, em abril de 2015 (leia mais aqui), e visa identificar e promover melhorias contínuas, implementar novos procedimentos e minimizar os fatores de vulnerabilidades das operações. Para atingir o objetivo de alcançar um novo patamar de excelência em gestão de segurança, a Ultracargo conta com o suporte de uma consultoria especializada, que apoia a empresa na definição de uma visão futura em segurança, saúde e meio ambiente.

Atitude segura

Criado a partir dos aprendizados após incêndio no terminal de Santos, programa Atitude Segura da Ultracargo teve auxílio de empresa de referência mundial em gestão de segurança para promover diagnóstico sobre os processos e sugerir melhorias.

Inserido em uma atividade econômica relacionada à saúde e ao bem-estar, o gerenciamento de riscos da Extrafarma contempla medidas rígidas de monitoramento dos produtos, desde a recepção dos estoques, passando pela movimentação, entrega até o descarte dos resíduos. Ainda dentro do Centro de Distribuição, os baús dos caminhões são lacrados eletronicamente e ao longo da rota de distribuição a frota é monitorada via GPS para assegurar que os medicamentos sejam entregues com segurança no seu destino. No descarte, a empresa conta com um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, que monitora a destinação final adequada de resíduos como seringas, agulhas e gazes.

As coletas são feitas por empresas habilitadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além dos resíduos, todo medicamento com prazo de validade expirado, com venda suspensa ou com a embalagem danificada deve ser incinerado por empresas ambientais autorizadas pela Anvisa.