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Gestão de
Segurança
Relatório Anual
2016

Ambiente seguro

O desafio de promover um ambiente seguro nas instalações do Ultra não se restringe à Companhia - as medidas preventivas são compartilhadas com funcionários terceiros e fornecedores. Um dos cinco pilares do Modelo de Sustentabilidade Ultra, a promoção da cultura da segurança é um tema prioritário para todos os negócios.

Desde 2015, os negócios têm revisado seus estudos de análise de riscos e práticas de segurança. Essa foi uma meta estabelecida pela alta liderança da Companhia por meio do Programa Segurança Ultra, e já se reflete em melhorias nos indicadores dos negócios. Ao longo de 2016, o Ultra deu atenção especial à segurança operacional e de processos. Ipiranga, Oxiteno, Ultragaz e Ultracargo definiram a estrutura metodológica para avaliação de riscos de seus processos.

Prioridade

Todos os negócios estão revisando suas análises de riscos e práticas, meta definida pela alta liderança do Ultra.


Ultracargo

21 mil

horas de treinamentos de segurança média de 60 horas por funcionário/ano

Queda de 30%

nos acidentes, diminuição de gravidade e frequência

O programa de segurança da Ipiranga é baseado em três pilares. São eles: pessoas (funcionários e terceiros), condições físicas (instalações) e procedimentos (SIGA+). Para pessoas, foram implementadas ações relacionadas ao comportamento seguro, treinamento e capacitação, com foco principalmente no desenvolvimento da liderança. Em 2016, foram formalizadas as Atitudes de Excelência em Segurança, que são os comportamentos essenciais de cada funcionário em todas as suas atividades, com o objetivo de mitigar riscos e evitar acidentes.

Nas instalações, são realizadas inspeções anuais quanto a segurança e meio ambiente com foco nas condições físicas. Em 2015, 81% das unidades operacionais passaram por inspeção e, em 2016, 100% delas foram inspecionadas, a fim de identificar desvios e propor soluções. Com foco na identificação dos principais perigos e na avaliação dos riscos das unidades operacionais, em 2016 foram revisados 15 relatórios de análise de risco. Também no ano passado, o padrão do Plano de Atendimento à Emergências foi reestruturado, de forma a aprimorar a gestão de emergências operacionais. O SIGA+ (Sistema Ipiranga de Gestão Aplicado à Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Qualidade e Responsabilidade Social), que promove o alinhamento das unidades operacionais aos padrões e às normas nacionais e internacionais, entrou em reformulação em 2016 a fim de aproximar-se ainda mais da atividade operacional.

A Oxiteno utiliza o Modelo de Gerenciamento de Segurança de Processo Baseado em Risco (SPBR), que identifica os riscos e perigos de processos, estabelece mecanismos para impedi-los ou reduzir sua probabilidade de ocorrência e ainda cria condições para controle dos impactos. Uma vez identificados os riscos, eles são incorporados em diretrizes e programas e passam a ser acompanhados e avaliados nas unidades operacionais. Em 2016, por meio do Segurança Ultra, a empresa revisitou sua matriz de risco, atualizando a última análise, que havia sido feita em 2013. De forma bastante positiva, essa avaliação recente mostrou que o cenário de risco foi bastante reduzido nos últimos três anos, graças a uma série de ações mitigadoras e preventivas implementadas.

Há também um esforço maior de padronização da gestão de segurança nas unidades mais recentemente adquiridas pela Oxiteno. É o caso da planta de Montevidéu, que vem se beneficiando da proximidade com a unidade de Triunfo para conhecer suas práticas e utilizá-las como referência.

A Ultragaz também deu continuidade ao programa de segurança e de processos, que promove a identificação e revisão dos riscos das instalações e do sistema de produção. Em 2015, foi feito um piloto em Capuava (SP) e, em 2016, a ação foi ampliada para as unidades Utingás de Santo André (SP), Paulínia (SP), Duque de Caxias (RJ) e Mataripe (BA). O objetivo é avaliar perigos associados a possíveis cenários acidentais dos processos envolvendo a integridade pessoal, meio ambiente, impacto à imagem e o financeiro. Em complemento ao programa, houve a reavaliação do Plano de Emergência e da preparação de atendimento da equipe e das condições do sistema fixo de emergências das unidades, resultando em planos de ação para a melhoria do sistema tecnológico, do processo e do sistema operacional.

Além disso, a empresa envolveu cerca de 3 mil colaboradores de 17 bases de produção no Programa Escalada de Segurança, com o objetivo de reduzir progressivamente a ocorrência de acidentes de trabalho. Em 2016, o monitoramento apontou 26 acidentes de trabalho com afastamento, o que representa 10% de redução em relação ao ano anterior. Por meio do Programa, os colaboradores recebem treinamento para a movimentação segura dos botijões de gás – índice de maior ocorrência de acidente pessoal.

A gestão e monitoramento de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) é acompanhada por meio da definição de indicadores, sendo um dos itens das auditorias locais realizadas anualmente pela equipe corporativa nas 17 bases de produção. Em 2016, a auditoria foi estendida às Bases Satélites de Sorocaba (SP), Salvador (BA), São Jose do Rio Preto (SP) e Palhoça (SC).

Ultracargo amplia estrutura

Entre os anos de 2015 e 2016, a Ultracargo ampliou sua estrutura de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (SSMAQ) com o objetivo de fortalecer a equipe diante das atividades que lhe são demandadas. A área ganhou uma Gerência Corporativa de Segurança de Processo e Emergência, para melhoria de aspectos de segurança relacionados aos processos operacionais, de prevenção e atendimento a emergências. Também foi criada a Coordenação Corporativa de Saúde, Higiene e Segurança do Trabalho, com a missão de promover melhor qualidade de vida e segurança aos colaboradores, assim como suportar a área no processo de gestão em SSMA. Essa nova configuração visa avançar nas ações da área e também são decorrentes de aprendizados no gerenciamento do incêndio no porto de Santos, em 2015.

A área iniciou no segundo semestre de 2015 a implantação do Sistema de Gestão Corporativo de Segurança de Processo, que revisitou os padrões, programas e procedimentos existentes para avaliar a gestão dos riscos de segurança de processo, com o objetivo de evitar acidentes. O Sistema analisa as práticas, procedimentos e ações para identificar, analisar e gerir riscos relacionados ao processo operacional e está baseado em quatro pilares – comprometimento com segurança de processo, compreensão de perigos e riscos, gestão de riscos e aprendizado a partir de experiências vividas dentro e fora da empresa.

Foram adotados novos sistemas de prevenção contra incêndio, elevando o padrão de excelência nos terminais. O projeto segue normas técnicas brasileiras e norte-americanas, da National Fire Protection Associaton (NFPA). O Terminal 1 de Santos foi o primeiro a receber o novo sistema, que também será levado a todos os demais portos de operação da Ultracargo. Entre as medidas adicionais obtidas pela empresa com essa implementação estão a ampliação da capacidade de antecipação de respostas às ocorrências, por meio de sistemas de monitoramento e detecção; rapidez nas respostas por meio de sistemas de ataque rápido, com comandos a distância e automação de sistemas; sistemas redundantes que garantem maior confiabilidade e capacidade nas respostas; equipamentos que permitem o atendimento de cenários com simultaneidade de eventos.

A Ultracargo ampliou o Programa Atitude Segura para todos os terminais onde tem operação. Iniciado em Santos em 2015, o Programa tem foco comportamental e investe na conscientização e educação dos colaboradores a respeito de segurança. Ele prevê a criação de Grupos Focais para gerir os riscos de alto potencial. Cinco equipes foram designadas para identificar situações de riscos no terminal do litoral paulista, nas áreas operacional e administrativa em 2016.  

Como parte do fortalecimento da cultura em saúde, segurança e meio ambiente, foi criado um Programa de Reconhecimento em Desempenho de SSMA. Adicionalmente, no terminal de Aratu, está em andamento um projeto piloto para avaliação da Gestão de Desempenho em SSMA das equipes operacionais. A cada três meses, elas são avaliadas em quesitos de segurança e meio ambiente. Aquelas com melhor desempenho são premiadas de acordo com a política da empresa.

Foi ainda realizado, com suporte de empresas de consultoria, estudos de análise de risco em segurança de processo, bem como avaliação da capacidade de resposta a emergências das equipes. Estes trabalhos foram concebidos e acompanhados por quatros negócios: Ipiranga, Oxiteno, Ultragaz e Ultracargo.

A Ultracargo investiu 40 mil horas em treinamento, das quais 21 mil foram de treinamentos de segurança dos seus colaboradores, uma média de 60 horas por funcionário/ano. Essas iniciativas trouxeram como resultado uma redução de 30% no número de acidentes da Ultracargo, além da redução na gravidade e taxa de frequência.

Projetos nos terminais

  • Análise de risco nas atividades de movimentações marítimas, rodoviárias e ferroviárias 

  • Estudos qualitativos de risco (APP/HAZOP) 

  • Estudos complementares de risco (LOPA/Vulnerabilidade/AQR) 

  • Auditoria de barreiras de proteção 

  • Análise quantitativa de risco para avaliação de alternativas técnicas de engenharia para a reconstrução do Terminal 1 de Santos 

  • Avaliação da capacidade de respostas às emergências 

  • Análise crítica de projetos do sistema de combate a incêndio 

Taxa de acidentes com afastamento1 Taxa de acidentes por milhão de horas trabalhadas - funcionários e estagiários

AnoIpirangaOxitenoUltracargoUltragazExtrafarma
20144,41,92,74,0n.d.
20153,63,13,72,85,5
20164,01,01,82,40,1

1. Taxa é calculada com base no nº de acidentes/HH (calculado conforme NBR 14280) da quantidade de funcionários em 31/12/2016.

Taxa de acidentes sem afastamento1 Taxa de acidentes por milhão de horas trabalhadas - funcionários e estagiários

AnoIpirangaOxitenoUltracargo2Ultragaz3Extrafarma
20140,25,37,24.0n.d.
20150,46,45,52,30,2
20160,05,810,53,10,0

1. Taxa é calculada com base no nº de acidentes/HH (Calculado conforme NBR 14280) da quantidade de funcionários em 31/12/2016.
2. O aumento em 2016 refere-se à inclusão da contabilização dos acidentes de primeiros socorros.
3. A Ultragaz está trabalhando para refinar o relato de acidentes sem afastamento.

Número de óbitos

AnoIpirangaOxitenoUltracargoUltragazExtrafarma
20140000n.d.
201511000
201600000